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Revolution regressa a casa para tentar regressar às vitórias

2017 MLS Regular Season - Home - Match 5 - Gillette Stadium - Revs Win - Houston Dynamo - 2-0 - Team Pregame Huddle

Separados por apenas três pontos, mas ambos abaixo da chamada ‘linha de água’, o sexto lugar, último que dá acesso aos play-offs, tanto o New England Revolution (5-8-5, 20 pontos) como o New York Red Bulls (7-8-2, 23 pontos) reconhecem a importância do jogo de quarta-feira, a disputar no Gillette Stadium.


O encontro terá início pelas 19:30. A transmissão televisiva estará a cargo da CSN New England, com relato de Brad Feldman, comentário de Paul Mariner e entrevistas por Naoko Funayama. O relato em inglês pertence à 98.5 The Sports Hub e em Português será transmitido pela 1570 WMVX Nossa Rádio.


Derrota frustrante em Philadelphia

Correu mal a última saída do Revolution, que no domingo passado perdeu em Philadelphia, 3-0, derrota que atirou com a equipa para o penúltimo lugar da tabela classificativa na Conferência Leste. Foi um jogo que começou mal e acabou pior, pois a equipa entrou em campo demasiado desfalcada, já que cinco jogadores que normalmente são titulares estiveram ausentes, uns por estarem com a seleção do seu país (Juan Agudelo, Kelyn Rowe), outros por lesão (Antonio Delamea e Xavier Kouassi), e ainda Diego Fagundez que cumpriu um jogo de suspensão imposto pela própria liga devido a “conduta violenta” sobre Sebastian Giovinco nos minutos finais do jogo anterior, em Toronto.


Como se as várias ausências não fossem o suficiente, o Revolution viu-se em desvantagem logo aos quatro minutos de jogo, quando o árbitro Chris Penso assinalou grande penalidade por considerar que Benjamin Angoua terá cortado com o braço um cruzamento de C.J. Sapong. Perante os protestos dos jogadores do Revolution, que consideraram que não houve intenção por parte do central Costa Marfinense de jogar a bola com a mão, Penso não hesitou e o próprio C.J. Sapong converteu a grande penalidade no primeiro golo da partida.


O tento mudou o cariz do encontro, pois Philadelphia, que obtivera apenas três golos nos cinco jogos anteriores, recebeu uma injeção de confiança logo à entrada no jogo.


Mas o Revolution não desanimou e poderia ter chegado ao empate oito minutos depois. Após ter intercetado um passe na intermediária adversária, o avançado Teal Bunbury alongou para Kei Kamara, que surgiu solto de marcação dentro da grande área de Philadelphia, no lado direito, mas o guardião Andre Blake saiu decididamente da baliza e conseguiu desviar o remate.


Até ao intervalo, o Revolution conseguiu equilibrar e chegou ao período de descanso a dominar na posse de bola, com 59 por cento de posse.


Mas, tal como sucedera no primeiro tempo, também os minutos iniciais da segunda parte foram fatídicos. Logo aos 48 minutos, Fafa Picault recebeu um passe na direita, fez um compasso de espera e, no momento certo, levantou para o brasileiro Ilsinho, que primeiro permitiu que a bola tocasse no solo e depois atirou de primeira, levando o esférico a entrar junto ao ângulo, sem hipóteses para o guardião CodyCropper.


À semelhança do que sucedera no primeiro tempo, o Revolution tornou a estar muito perto do golo, logo no minuto seguinte. Na sequência de um livre cobrado por Lee Nguyen, a bola foi desviada e sobrou para Je-Vaughn Watson, que rematou forte, mas o esférico embateu no poste e não entrou.


Enfim, foi a tal questão dos detalhes, o Revolution teve oportunidades e não as converteu, enquanto Philadelphia tirou o máximo proveito das situações que criou.


Roland Alberg, que entrara segundos antes para o lugar de Ilsinho, encerrou a contagem aos 78 minutos, num remate de longa distância.


Com este resultado, o Revolution continua sem vencer fora de casa, onde conseguiu apenas três pontos em 10 saídas.


Desilusão com a exibição

No final da partida, ficou bem evidente que tanto os jogadores como a equipa técnica do Revolution ficaram bastante descontentes com a exibição registada em Philadelphia.


“Um mau começo (na segunda parte), um mau começo no jogo,” lamentou o técnico Jay Heaps no diálogo com os jornalistas depois do apito final. “Globalmente não fomos suficientemente bons em nenhuma capacidade.”


“Estamos a oferecer jogos numa altura da temporada em que temos de pressionar de forma mais apertada, sermos mais inspirados, mais inteligentes, e penso que estamos carecidos em todas essas capacidades.”


E quando lhe perguntaram se as ausências não teriam contribuído para a derrota, Jay Heaps abanou a cabeça e limitou-se a dizer que esta tinha sido “uma oportunidade para os outros mostrarem o que valem, por isso não há desculpas da nossa parte.”


As ausências dos cinco titulares deu a titularidade ao central Donnie Smith e permitiu os primeiros minutos na MLS ao avançado Brian Wright, que estivera em destaque na semana anterior ao marcar o golo da vitória sobre o D.C. United em jogo referente aos oitavos-de-final da U.S. Open Cup.


“Penso que ele (Wright) jogou bem na quarta-feira (frente ao D.C. United), mas infelizmente hoje não trouxe aquilo que vimos na quarta-feira à noite,” disse Heaps.


“Penso que houve muitos (jogadores) que não estiveram à altura do desafio”, acrescentou Smith. “Esse foi um dos pontos importantes que discutimos antes do início do jogo; temos que ganhar as batalhas antes de podermos ganhar o jogo, não ganhámos as lutas individuais.”


Regresso a casa para fazer 4 jogos

Se fora de casa a temporada tem sido um desastre, no Gillette Stadium o Revolution tem tido bons desempenhos, pois sofreu apenas uma derrota em oito jogos, conquistando assim 17 dos 20 pontos no seu próprio terreno. Felizmente para a equipa, os próximos três jogos para o campeonato, começando com o encontro de quarta-feira frente ao Red Bulls, vão ter lugar em casa. E no dia 13, curiosamente torna a receber o Red Bulls em jogo dos quartos-de-final da U.S. Open Cup.


“Estamos numa fase da temporada em que não podemos perder pontos, por isso temos que dar a volta muito rapidamente e prepararmo-nos para quarta-feira,” disse Smith. “Conforme mencionei anteriormente, não estamos em posição de podermos perder mais pontos, temos de ganhar em casa, de começar a ganhar fora de casa e começar a mudar as coisas.”


“É importantíssimo (pontuar em casa),” acrescentou Wright. “Definitivamente temos que começar a conquistar pontos, especialmente em casa. Temos tido bom rendimento em casa, temos que manter essa intensidade em casa e conquistar o maior número de pontos possível nesta fase.


Diego Fagundez, que está a fazer talvez a melhor temporada da sua carreira, regressa à equipa depois de cumprido o jogo de castigo e decerto ajudará nesta tentativa de melhorar o panorama atual.


“Eu penso que realmente sentimos a falta do Diego; jogadores como o Diego e o Kelyn (Rowe) e o Juan (Agudelo) e até mesmo o (Xavier) Kouassi, são jogadores que conseguem abrir as defesas adversárias,” reconheceu Heaps. “Por isso tê-lo de regresso será bom.”


O médio Lee Nugyen concorda e indica que o regresso de Fagundez “é uma grande, grande ajuda ofensivamente. Ele dá-nos mais opções na frente de ataque, e ao mesmo tempo dá-nos mais dinâmica porque consegue ultrapassar jogadores no um para um, e ao mesmo tempo faz ligação. Por isso, ele vai ajudar-nos imenso em termos ofensivos.”


E Diego Fagundez indicou que ter ficado de fora não foi nada “divertido. Era uma daquelas situações em que tu desejavas estar lá (no campo), a ajudar a equipa. Mas eu tive azar com a minha suspensão, por isso tentei apoiá-los tanto quanto possível, mas por azar não conseguimos a vitória.”


Também Antonio Delamea, que não falhara um único minuto antes da lesão sofrida há duas semanas frente a Chicago, parece estar apto para regressar à equipa.


“(Delamea) Passou em tudo,” disse Jay Heaps. “Passou em todos os processos que precisou de fazer devido à cirurgia; foi uma operação que teve que ser adiada porque foi preciso esperar que o inchaço na cara ficasse reduzido; por isso queríamos tê-lo como opção, mas sentimos que provavelmente ele precisava de um pouco mais tempo nos treinos antes de estar pronto para jogar.”


Em contra partida, Kelyn Rowe e Juan Agudelo vão continuar a estar ausentes por estarem concentrados com a seleção dos Estados Unidos que inicia no sábado a sua participação na Copa de Ouro.


“Sim, (as ausências) obviamente vão colocar mais responsabilidade sobre nós, claro,” reconheceu Nguyen. “Essas são duas grandes vagas para preencher, mas ao mesmo tempo, os jogadores que vão ter a oportunidade de preencher esses lugares, vão ter a sua oportunidade para dar o passo em frente e mostrar que podem fazer um grande jogo e uma grande mudança na equipa. Esta vai ser uma grande oportunidade para eles, e ao mesmo tempo, nós vamos ter que dar ainda mais e ajudar a liderar a equipa.”


O Red Bulls também terá algumas ausências. O técnico Jesse Marsch confirmou que o médio Mike Grella não joga mais este ano, devido a lesão. Na última temporada, Grella foi titular em 27 dos 31 jogos, tendo marcado sete golos e acrescentado seis assistências, pelo que será baixa de peso.


Esta semana o Comité de Disciplina da MLS revelou que Tyler Adams e Kemar Lawrence foram castigados com um jogo de suspensão devido a incidentes ocorridos durante o encontro de 24 de junho frente ao New York City FC. Adams falha este jogo contra o Revolution devido ao castigo, mas Lawrence está com a Jamaica na Copa de Ouro pelo que cumprirá o castigo quando terminar o seu serviço com a seleção.


Fator casa é muito importante

Para os jogadores do Revolution este regresso ao Gillette Stadium apresenta-se como decisivo porque os resultados positivos poderão servir de rampa de lançamento para o resto da temporada.


“Acho que a parte boa é que estamos em casa, e em casa penso que é onde nós jogamos o nosso melhor,” sugeriu Diego Fagundez. “É uma oportunidade perfeita para que todos possam aparecer e dar aos nossos adeptos o que eles merecem.


“Temos estado bem; simplesmente temos tido azar nos jogos. Temos apenas que ir para o campo e ter a certeza que jogamos à nossa maneira, finalizando todas as oportunidades e tendo a certeza de que defendemos em bloco.”


E o jovem médio aproveitou também para deixar um recado aos colegas.


“Esta é altura quando todos precisamos de aumentar a intensidade e dizer que se queremos estar nos play-offs, é aqui que tudo começa,” avisou Fagundez. “Por isso temos que continuar a treinar, continuar a fazer o que fazemos melhor, continuar a trabalhar arduamente e a tentar conquistar os nossos lugares, e quando nós tivermos as nossas oportunidades dentro do campo, temos de fazer muito melhor do que temos feito.”


“Nós sabemos que agora estes jogos são cruciais,” acrescentou Lee Nguyen. “Até agora já perdemos muitos pontos que sentimos que deveríamos ter ganho, mas agora é vida ou morte. Precisamos do máximo de pontos, especialmente em casa. Este fim-de-semana temos mesmo de ganhar.”